Por vezes penso que a vida podia ser bem mais fácil. Sem stress, complicações e responsabilidades.
Odeio quando estou numa fase boa, e animada para tudo e de repente cai-me o mundo a meus pés.
Prezo tanto as minhas capacidades e detesto quando desiludo alguém.
E foi exactamente isso que aconteceu. Sou capaz de fazer bem e até quem sabe melhor, e acontece que nem uma coisa nem outra. Desleixei-me por completo. Esquecendo-me das minhas responsabilidades.
O pior é quando temos que responder perante alguém as nossas acções e não estão dispostos a ouvir-nos.
Afinal, mesmo que eu não queria isto também me afecta e não estou livre de nada.
Agora e como sempre há que levantar a cabeça e garantir que sou capaz de melhorar.
Continuar a sorrir é a chave. Continuar a ser quem sou também.
... como a música portuguesa pode ser tão boa...
E assim foi!
Maria foi com a sua mãe passear, viu gente a correr naquele parque, meninas nos baloiços e meninos a jogar à bola.
Outros de bicicleta, e outras pessoas simplesmente a conversar.
- Mãe pare aqui pode ser?
- Claro filha.
Maria, observava aquele jardim verde com aquele rio translúcido a passar. Ouvia o riso das crianças e se fechasse os olhos era bem capaz de ouvir as conversas das outras pessoas.
- Mãe, desculpa se algum dia sofreste com as minhas atitudes. Com o meu orgulhoso, se nunca fui demasiado boa filha. Desculpa nunca ter tentado melhorar e avançar com a minha vida!
- Filha, tu és a minha filha perfeita. Orgulhosa ou não. Entristeceu-me apenas ver-te sofrer, a baixar os braços e a não querer lutar por uma vida melhor.
- Estou disposta a mudar mãe. Estou disposta a avançar para o meu futuro. Se fui a única a sobreviver, é porque devo honrar alguém que foi.
A mãe sorriu e baixou a cara para Maria não ver as suas lágrimas. Maria queria mudar, queria lutar e avançar com a sua vida.
Ela queria ser feliz!
Oi minha gente!!
De momento não contem comigo nos vossos blogs nem no meu ...
Estou de férias,em Vila Real, com o meu menino,portanto...
Não Incomodar!!
Até já....
Mais um vídeo das minhas gatinhas, que são umas traquinas!
Naquela tarde, Maria saiu para mais uma sessão de fisioterapia.
Enquanto fazia os seus normais exercícios reparou numa menina de 10 anos. Ela ria, sorria e animadamente fazia o que o seu fisioterapeuta pedia.
Maria aproximou-se no final da sessão e perguntou o nome à menina.
- Sofia, e tu?
- Maria! E então tens que idade querida?
- Dez anos e antes que perguntes, fiquei assim devido a uma brincadeira num parque de campismo. Desafiaram-me e como vês achei que era a maior e pronto acabei assim.
- E lidas com tamanha facilidade…
- A vida pode ser dura, mas é a posição que tu tomas perante as adversidades que faz com que a vida melhore ou piore… e eu, acredito que a minha vida pode ser maravilhosa, mesmo estando presa a esta cadeira. E sabes, não vai ser por muito tempo, porque daqui a nada estarei a andar.
- Aí sim! Porquê?
- Porque estas sessões têm de servir para algo, não achas?
Maria foi para casa pensar neste diálogo e achou impressionante como uma menina de 10 anos podia ser tão confiante e achar que a sua vida não estaria arruinada perante tal situação.
- Filha, deixa essa janela e anda jantar.
- Mãe, achas que amanhã me podes levar a dar uma volta pela manhã?
A mãe de Maria ficou impressionada com tal pedido, mas prontamente disse logo que sim, ficando radiante.
- Maria vou sair!
A sua mãe tinha saído, provavelmente iria fazer as compras do dia-a-dia, e mais uma vez, Maria observava pela sua janela a vida lá fora.
Sentia-se cada vez mais só, o pai, esse já tinha perdido (morte de cancro) e agora toda a sua vida sentia que estava arruinada. O curso ficou em stanby, o namorado, esse morreu naquela fatídica noite e os amigos esses tinham-se afastado.
Maria queria acabar o curso, não sabia como.
Maria queria voltar a amar, mas não sabia como.
Maria queria ser alguém, mas não sabia como.
Maria queria apenas andar.
Mas a dor não lhe permitia. A fisioterapia era uma tortura para ela, e já pensava desistir dela.
A fisioterapia era a única coisa que a fazia sair de casa.
Sempre depois da hora de almoço, a carrinha vinha buscá-la e dois simpáticos enfermeiros ajudavam-na a entrar na carrinha.
No percurso observava a pressa com que as pessoas seguiam com as suas vidas, sem dar valor a pequenas coisas.
Quando lá chegava ao centro de reabilitação, o seu fisioterapeuta, jovem, bonito, e atraente por sinal a esperava sempre com um sorriso aberto.
Seria um ser perfeito para uma grande paixão. Mas, Maria olhava para ele como um amigo, um irmão. Era talvez o único amigo que tinha, o único que a fazia sair de casa, o único que tinha para conversar.
À sua volta mais pessoas faziam aqueles exercícios com os seus terapeutas. Ali Maria não se sentia sozinha.
- Preparada para mais um dia de trabalho?
- Para mais um dia de dor? Sim...
- Sabes bem que fazemos isto para o teu bem, mas podes sempre desistir? Queres desistir da vida, Maria?!
Ela sabia que não era nada disto que queria, ela tinha desejo de enfrentar aquele obstáculo, aquele percalço, aquele impedimento.
Mas ainda não tinha encontrado a sua força.
…
.... ainda não têm o Cd dela??
Não esperem mais tempo nenhum, porque é fenomenal...
Cai a noite lá fora, aqui faz frio!
Espreito na minha janela a agitação de sexta á noite.
Os jovens que saem e vão á procura de diversão, de beber um copo e dançar um pouco.
Enquanto eles vão, aqui fechada no quarto observo-os pensando porque não posso fazer eu o mesmo!
Na televisão, as novelas e séries de costume, nas prateleiras, os livros que já (re) li e no computador ninguém online para conversar um pouco!
Um tédio, um desespero, uma tortura!
Queria tanto puder sair, sentir a brisa fresca da noite, puder dançar, divertir-me!
Mas esta cadeira não me permite, esta incapacidade não me deixa! Sinto-me só, caindo no vazio!
Ouço uma voz!
- Maria, precisas de alguma coisa??
Sim, de umas pernas novas que obedeçam ao meu cérebro!
- Não mãe! Obrigado!
Começava a sentir-me cada vez mais fechada no meu mundo.
Os amigos tinham desaparecido, o namorado morrera naquele infeliz dia, e eu sentia-me culpada.
Tinha bebido, mas sentia-me capaz de conduzir. Depois de uma noite bem passada, da conversa animada no carro, passei aquele maldito vermelho e o estrondo foi ensurdecedor.
Acordada na cama do hospital gritei com todas as minhas forças e demais, assim que soube de tudo, a dor era imensa!
O meu amor, os meus amigos, as minhas pernas... Porque eu? Porque tinha sobrevivido naquela noite, quando fui eu a culpada?
Não, não podia pedir umas pernas que se mexessem, teria de pagar por tudo aquilo...
E esta seria a maneira mais dolorosa...
Na realidade, Maria não tinha culpa de naquela noite as coisas terem corrido desta maneira. Sim tinha bebido, sim tinha passado o sinal vermelho, mas fora um carro que vinha na sua faixa, sentido contrário ao seu, que embatera contra si.
Não havia mais ninguém naquela estrada, apenas ela e o carro que embatera contra si... e ela foi a única a sobreviver para contar, mas também ela pouco sabia! Já pouco se lembrava.
Quantos não sofrem uma vida inteira com isto?!!
(se assim desejarem, posso terminar esta histórinha)
E como não tinha o que escrever, deixo-vos com um pequeno vídeo da minha Kika. Uma das minhas quatro gatas!
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