Maria arranjou-se para o jantar. Tomou um banho, soltou o cabelo, vestiu um vestido preto, que lhe acentuava bem no corpo, mostrando as suas curvilíneas.
Não fazia ideia quem eram as visitas, mas não quis estar mal apresentada.
Cansada daquele dia, em que conseguia pela primeira vez andar apenas de andarilho, Maria acabou por se sentar na mesa, esperando os convidados. Queria recebê-los à porta, mas estava demasiado fatigada.
A sua mãe tinha preparado o seu prato favorito, gambas com natas. Já conseguia sentir aquele cheirinho doce, e as natas a escorregarem suavemente pela sua garganta.
Tocaram à campainha.
Começou a ouvir vozes. Mas essas vozes eram tal familiares, que quando viu o seu fisioterapeuta e a sua amiga de 10 anos nem queria acreditar.
Sofia como sempre trazia consigo aquela alegria e sorriso.
E o seu fisioterapeuta, para além do brilho nos olhos trazia também um ramo de flores que prontamente deu a mãe de Maria.
- Que estão aqui a fazer? – Perguntou Maria admirada.
- A tua mãe fez questão de nos convidar, já que precisavas de animar um bocadinho. – Disse Nuno.
- Já sabes como é bom sorrir. E nós estamos cá para isso!
- Ai Sofia, sempre a querer animar-me. Mãe parece que advinhas-te. Logo hoje que venho de andarilho, sem aquela maldita cadeira, tu fazes-me esta surpresa.
- Oh minha querida! eu só quero a tua felicidade, o teu bem, o teu sorriso.
A mãe abraçou a filha e beijou-a. Maria retribuiu.
Jantaram bem animados, e mesmo aquele cansaço inicial tinha desaparecido. Na verdade Sofia dava-lhe imensa força e vontade, foi a ela a quem Maria se tinha sentido inspirada a viver.
Maria olhava Sofia e ria, como agradecimento a Deus por ter posto esta menina no seu caminho. Desejava para ela o melhor do mundo, e isso não incluía apenas puder sair daquela cadeira, mas também que encontrasse-se sempre o caminho certo para a felicidade.
- Maria adorei o jantar, mas tenho de ir embora, sabes que ainda tenho 10 anos e os meus pais controlam imenso as minhas saídas! – Riram-se ambas.
- Adoro-te ter na minha vida Sofia! Agora vai e tem uma boa-noite.
Sofia partiu com os seus pais.
Quando foi para dentro de casa, Maria viu Nuno a ajudar a sua mãe e achou imensa piada.
- Dotes domésticos Nuno?
- Gosto de ajudar. Se são dotes? não sei, mas um dia puderas ter a prova, quem sabe!
Maria corou.
- Vou preparar um café, aceitam? – Perguntou mãe de Maria.
- Sim, pode ser.
Enquanto a sua mãe preparava o café, Maria foi até à varanda olhar as estrelas. Há muito que não se sentia em liberdade e puder olhar o céu daquela maneira.
De repente, sentiu alguém. Uns braços rodearam-lhe a cinta e um corpo encostou-se a ela.
Nuno, sem pudor, tocou-lhe na mão entrelaçando os seus dedos aos dela. Ela assentiu e apertou com força.
- Nem sabes o quanto desejei puder apertar esta mão assim, e sentir o teu calor.
- Nuno…
- Não digas nada! Preciso de te dizer… de falar… de te amar. Este tempo contigo. Ai Maria! Como és bela, como estás linda, como eu gosto de ti. Desde o início que te vi, que te toquei, que senti alguma coisa. E depois isto foi crescendo.
Maria virou-se olhou-o nos olhos e beijou-o apenas. Naquele momento ela quis esquecer o mundo, o sofrimento, a dor.
Tinha os olhos em lágrimas, mas de felicidade, porque também ela gostava dele, porém nunca o tinha querido assumir.
Beijaram-se num beijo suavemente, mas quente.
A sua mãe que trazia o café viu tal cena, que se meteu novamente na cozinha, perplexa, mas animada.
- Só quero ser feliz contigo Maria. Dá-me esta oportunidade.
- Achas que consegues viver com uma mulher como eu? Achas que consegues amar alguém como eu?
- Alguém assim tão belo como tu? Alguém lutador, um ser harmonioso como tu? Já amo! Preciso de ti, mais do que ninguém.
Caiu a lágrima a Maria.
- Dás-me esta oportunidade?
Maria como resposta abraçou-o e desta vez deu-lhe um beijo demorado.
Um demorado que seria para a vida!
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