Tives-te o meu carinho, a minha ternura, o meu corpo..aproveitaste-te da minha boa fé e de tudo o que te tinha para oferecer e agora isto??
Agora gozas comigo??
Acusas-me de ser o que não sou, de dizer o que não digo..
Exploras a minha mente, recalcas os meus sentimentos e ainda me culpas de não irmos mais além... Mas quem és tu afinal??
O que te dá o direito de me falares assim??
Olha para as tuas atitudes. de menino mimado. Que amua quando não tem o que quer, que faz birra quando lhe dizem que "não"..
Cresce e aparece...
Dizes que já vives-te muito e que por muito já passas-te, mas não vejo nada disso...
Vejo um miúdo que precisa de crescer mais e sofrer mais para dizer "Adoro-te" ou "Amo-te"..
Sim porque tu não sabes o que é o amor... Porque se soubesses entendias cada atitude, cada palavra, cada decisão da minha vida...
Mas cada coisa que faço ou digo parece que te ofende...
Ser usada e descartada não é para mim!
Ele sonhava com o dia em que estaria abraçado, agarrado, enroscado a ela!
Em cada viagem, ele só pensava na junção do seu corpo com o dela... O prazer que lhe proporcionaria... O enfâse que lhe provocaria... Mas havia algo mais naquela relação...
Algo em construção... Dois corpos suados,quentes, abraçavam-se e partilhavam carinhos... E aqueles lábios secos abriam apenas para balbuciar palvras amorosas...Quem sabe juras de amor..
Eram amigos, disso não havia dúvidas... Mas quando estavam sós uma chama acendia-se e ardia entre eles!!
O corpo esbelto, delineado, os seus empinados seios, levavam-no à loucura... A maneira como deixava os seus longos cabelos pretos cair excitavam-no...
Ela era a tentação, o pecado... Queria tanto daquela carne que apenas imaginava cenas brutescas, mas sexy's, carinhosas e excitantes com ela... De cada vez que estavam juntos a conversar, ele só queria agarrar-lhe num braço e levá-la para um espaço fechado, porém iluminado para puder apreciar toda aquela fina linha mas atraente forma feminina...
Ele, católico praticante, vindo de boas famílias... Confessava-se todos os domingos e pedia a deus que lhe tirasse tanta tentação do corpo, afinal de contas era casado. E aquela amiga e colega de trabalho não pudia ser mais do que isso.
Ele respeitava os valores morais e familiares... Considerava-se um homem de honra, capaz de louvar e respeitar a sua mulher e filhos...
Infelizmente aquela mulher era o demónio...
Um demónio que ele lutava por não tocar nem desejar...
Uma noite, saía ele mais tarde do trabalho, lá estava ela sentada à sua secretária a sorrir para ele..
Estavam sozinhos!
A despedir-se dela, ele parou, fitou-a nos olhos e tal como nos seus sonhos balbuciou algo:
"És linda!"
"Como?" - disse ela.
Ele aproximou-se a muito custo, como quem luta com monstros interiores, deixou cair a pasta e agarrou-a no braço. De lance levantou-a daquela cadeira e apertou-a contra ele e sussurou-lhe ao ouvido:
"És linda!"
Olharam-se nos olhos... E sem perguntas nem falas, beijaram-se desalmadamente... com vontade e desejo...
Ele pegou nela ao colo, sentou-a na secretaria, ela entrelançou as suas pernas na sua cinta. Abriu-lhe o casaco do fato arrebentando-lhe com os botões... E beijo-lhe de forma sedenta e animal os seios!
Com o seu desejo tirou-lhe as cuecas ... (ela estava de saias)... E ele, não tardou a baixar as suas calças...
E ali estava o seu sexo duro, cheio de puro tesão pronto a penetrar aquela bela mulher que lhe implorava com os seus gemidos um pouco de prazer!
Já suado, e ainda agarrado aos seus seios, virou-a e aí pode apreciar aquela forma magnífica ali inocente, de joelhos pronta a receber mais e mais prazer... E ele sem dó. só pensava como penetrar aquela mulher lhe estava a ser tão libertador!
Houve um grito de dor misturado com muito prazer... Tinham atingido a plenitude daquele orgasmo!
E deitados no chão... suados... ele percebeu que agora não era um sonho quando ela lhe perguntou:
"Porque demoraste tanto tempo?"
Tinham-se amado, desejado, irradicado a sua vontade naquele momento.
Estavam suados, exaustos, mas felizes!!
Até que ela se aninhou, virou-lhe as costas e começou a soluçar!
Chorava.....
"Que tens?" - perguntou ele, no seu tom carinhoso.
" Nada" - respondeu ela vezes sem conta à mesma pergunta.
Não queria dizer-lhe o que lhe ía na alma, não o queria magoar! Mas pudia ficar toda a noite a responder "Nada" que toda a noite ele insistiria!
Então ele apagou a luz, tapou-lhe os olhos com a palma da sua mão e sussurou-lhe ao ouvido: " Fala comigo meu amor!".
O seu choro intensificou-se!
Abraçou-a...
Não queria mostrar que o passado tinha voltado às suas memórias e que este ainda a magoava! Não queria dizer-lhe que havia situações que não estavam ultrapassadas e superadas!
Chorava...
Com a sua paciência insistia! Insistiu até ouvir da boca dela o que se passava.
"Sofro porque ainda penso no passado! Porque ainda me lembro como foi bom e depois como foi duro perder tudo! "
Sempre com a sua palma da mão sobre os seus olhos, sussurou-lhe palavras de conforto, carinho e incentivo!
Compreendeu-a por ainda pensar e sofrer pelas atitudes de outro homem, mostrou-lhe que tudo o que se passa na vida é para aprendermos. E que estas situações nos tornam mais fortes.
E ela chorou.
Chorou até não puder mais, até querer olhar para aquele homem que para além de ser seu amante queria ser seu amigo!
E assim nus, despidos de preconceitos, ela virou-se para ele, olhou-lhe nos olhos e conversaram. Mostrou-lhe os seus medos e angústias. As suas dúvidas.
Ele ouviu.
Tocou-lhe na face!
Abraçou-a.
Aconselhou-a.
Deu-lhe paz!
E no fim, sussurou-lhe apenas: "Descansa meu amor!!"
Aconteceu...
A tentação falou mais alta e ele não conseguiu resistir... Sabia que amava com todas as suas forças a sua mulher mas a tentação falou mais alto, as hormonas e o desejo... a vontade de conhecer outro ser, outro corpo, outra mulher, outra forma de estar despertou-lhe um desejo incontrolável...
Agora o sentimento de culpa absorvia-lhe as forças e ele não sabia estar... pensava... "Como fui capaz de algo que em nada me deu prazer?; Por simples capricho sinto-me fraco, culpado e nojento?; Como sou capaz de dizer que te Amo quando no fundo já te traí, já beijei outras bocas?"
Sentia-se mal quando se deitava ao lado da mulher que amava, e agora o seu maior medo era que ela descobri-se e a perde-se para sempre...
Mas sabia que aquilo não pudia continuar... não pudia continuar a sorrir sabendo a asneira que tinha feito...
Decidiu que havia de lhe contar... sabia o que estava a arriscar, mas tb sabia que precisava da verdade dentro do seu ser... afinal de contas aquela mentira corroía-lhe o ser...
Contou-lhe e pediu imensas desculpas...
O pior aconteceu... como óbvio e apesar de ela o amar não o perdoou...
Ele sofreu horrores e pensou no pior... só deu valor ao que tinha quando sentiu que o pudia perder...
Não quis saber de mais ninguém... apenas ela lhe interessava... quis lutar por ela...
Fez tudo ao seu alcance... ela não queria nada...amava-o, mas tinha medo de outra traição, mas também sentia que a amizade dele não lhe chegava...
Na verdade, ela queria que ele rasteja-se aos seus pés, sofresse, chorasse por ela...
Depois de muita luta... de muito sofrimento...mágoa e choro, ela aceitou uma saida com ele... á beira-mar... um jantar romântico com tudo o que tinha a direito...
Ela adorou....
Mas não quis mostrar, afinal de contas tinha que se mostrar durona... tinha sido traída...
Conversaram, esclareceram muitas coisas... amaram-se com as trocas de olhares e no final, com a entrega de uma rosa, beijaram-se, era como se fosse o primeiro beijo deles...
Estavam dispostos a começar do zero, a vencer esta luta..
Mas ambos sabiam que não ía ser fácil, afinal uma traição não se esqueçe assim..
No final, deram as mãos e percorreram aquele longo areal, com a luz da lua a iluminar o seu caminho...
Esperava ansiosa pela tua chegada...
Deitada na sua cama, de livros e cadernos abertos estudava, tentava-se distrair com algo para não pensar na altura em que a campainha iria tocar...por vezes levantava-se para se certificar que a maquilhagem ainda se mantinha... se a roupa combinava e não se enjilhava... Ups... Não tinha colocado perfume... lá ía ela colocar aquele fantástico perfume que ele lhe tinha oferecido há uns tempos atrás. Usava-o só para ele...
Voltava-se a deitar... pegava novamente nos livros, depois no telemóvel para ver se teria alguma mensagem... Por vezes, tentava compreender esta sua atitude... é que após tantos anos de namoro ela não percebia o porquê tanto nervosismo para um simples encontro em casa, onde o plano seria ver um filme bem abraçada ao seu amor se calhar comer umas pipoquinhas e namorar... Mas na verdade ela sempre pensou que não era suficientemente boa para ele...
Tocaram à campainha... Alguém abriu e alguém soube as escadas...
"É ele!!!!... Estarei bem???"
Estava mais que perfeita... com o seu corpo esbelto, cabelo longos e escuros, seios salientes, envolvidos numa t-shirt justa combinados com umas jeans simples...
Os olhos castanhos sobressaíam com aquela maquilhagem...um risco e rímel preto..
Entrava no quarto...olhava para ela e cumprimentava-a com um simples beijo... nem sequer se dava ao trabalho de reparar no trabalho que teve a preparar-se para ele... Ela nem se apercebia.. Apressava-se logo a arrumar os livros para ele se puder deitar na cama que era dela...
Reunia todos os dvd's que possuía para ambos escolherem um filme...
Colocava o dvd... e deitava-se ao lado dele... Um beijo... Um abraço... Um carinho...
O filme começava....
A introdução antevia um bom filme, despertava...
Mas o filme já não era prioridade... as carícias levava-os à tentação carnal... Alí mesmo sem preocupações, envolviam-se que nem uns loucos, tentando saciar o desejo... Ela mais do que nunca desejava apenas sentir o seu amor...Acreditava que o amor que faziam era a prova do amor que ambos tínham, mas nunca teve a coragem de lhe perguntar se pensava o mesmo... No final abraçavam-se e beijavam-se... o final do filme também estava próximo mais isso não impedia de ser visto...
Ele adormeceu... e ela com a sua inocência compreendia que estava cansado, o trabalho também não lhe dava muito sossego....
Era capaz de ficar assim a olhar para aquele ar sereno... aquele ar de anjo... cara de bebé...
Estava na hora de ele partir...tinha de o acordar... Sempre com um beijo...
Lá ía ele após uma tarde "bem" passada para o sossego do seu lar...deixando-a feliz...
Seria???
Sim...por momentos ela era feliz...iludia-se com as suas próprias crenças, mas no fundo ela sabia que ele apenas procurava um colo para descarregar as suas mágoas e de alguém que lhe desse consolo nas horas que mais lhe conviessem... Mas não era capaz de o dizer porque o amava e sabia que isso seria o fim...
Antes desejada do que abandonada...
Ilusões e utopias que fazem vidas, vidas que um dia acordam e reparam que o melhor é estarem sozinhas... e construir sonhos que possam ser verdade do jeito que a gente quer!
Eram 2.38 ela esperava ansiosamente a sua chegada.
Deitada sobre os lençóis frios de cetim em posição fetal aguardava aquele momento em que a porta se abriria e o seu calor chegava... ms já era tarde e ele não voltava, ele não chegava... estava frio, muito frio!
Ligava e tornava a ligar para o seu telemóvel, estava desligado...
Começava a ficar preocupada
"Meu Deus que se terá passado?!.. Há muito que deverias estar aqui amor?!"
Sentia o frio daquela noite a aponderar-se de si... a chuva começava a cair..ploc...ploc... Aqueles aguaceiros grandes e fortes batiam nos vidros da janela... Ela cada vez mais aninhava-se na cama, contraíndo-se para não sentir o frio. Teimosa não queria colocar mais um cobertor na cama, pois saberia que incomodaria para a "brincadeira" que tinha programado... Não tinha sido em vão que tinha vestido a sua lingerie mais sexy, mais vermelha, mais rendada, que escondia debaixo do seu rôbe de seda...
Toca o telefone...
Atende...
Ansiosa, houve uma voz que pergunta...
"É da casa do Sr. F.?"
"Sim... quem fala?!"
"Estou a falar com a esposa?"
"Sim... sim..."
"O seu marido acaba de ter um acidente e era necessário alguém reconhecer o corpo... Ele não resistiu..."
O telefone caiu ao chão... Ela caiu ao chão... de joelhos caídos... de mãos abertas de como quem espera alguém para segurar... Grita...Chora..Sofre..
Sofre por aquele amor que não veio..Chora por aquele amor que nunca chegou... Grita por um nome, um homem que jamais será seu...
Corre desenfreadamente pelo hospital, por aqueles corredores brancos sem fim... na esperança de encontrar alguém que lhe diga..que lhe esclareça.. que lhe explique o que se passou com o amor da sua vida...
Obstruída...
Bloqueiam-lhe a passagem... duas enfermeiras tentam acalmá-la... aproxima-se um médico..
Rosto angelical, muito novo, que tranborda paz e serenidade agarra-lhe na mão e diz:
"Morreu em paz, sem sofrimento... apenas a dizer o seu nome..."
Mais uma vez, a mulher caí de joelhos e chora..chora aquela perda, aquela mágoa...
Queria vê-lo... Rapidamente levanta-se... "QUERO VÊ-LO!!"
Segue a enfermeira até á morgue... Ali estava ele...Deitado...sereno....
Aproxima-se devagar, um pouco a medo... não queria ver aquela imagem.. não queria vê-lo naquele estado...
Nem conseguia imaginar... o seu amor... atropelado...pisado que nem uma formiga...
Agarrou-lhe a mão e encostou o seu rosto á sua pele suave mas pisada...
Falou com ele... despedia-se contando-lhe a pequena "aventura" que tinha preparado para eles...caíam-lhe as últimas lágrimas quando ouve...
"Amor, amor... cheguei!"
Desperta... e olha á sua volta... estava deitada na sua cama sobre os lençóis de cetim.. mas não estavam frios estavam quentes...a cuva tinha parado e alguém lhe segurava a mão e fazia-lhe festas na cara para a acordar..
Era ele...sim o seu amor... mas..... nada tinha passado de um pesado e triste pesadelo... e ele agora estava alí, ao seu lado... e ela pronta para lhe mostrar todo o seu amor, todo o seu carinho..
A aventura deles tinha começado!
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